domingo, 24 de janeiro de 2010

Sono embriagado

Naquela noite e nas últimas desde o começo do ano, não tinha força maior que me retirasse da cama, era algo magnético.
Fazia frio milagrosamente, e eu havia deixado uma fresta da janela aberta. Me odiei por alguns instantes, juntei o pouco de energia que sobrava e de forma dramática ergui o braço até que consegui fechar a merda da janela.
Joguei a cabeça no travesseiro novamente e enquanto olhava os móveis rústicos na escuridão do cômodo, um suspiro de tristeza me veio. Saudade em forma de suspiro de tristeza, melhor dizendo.
Fiz questão de desviar meu pensamento para algo mais real e obtive em troca outro suspiro, talvez fosse angústia. 
Veja bem, falsidade sempre envenenou minha alma, qualquer decepção causada pela desgraça da falsidade a torna mais amarga e rancorosa. Da última vez não me recordo de ter sido diferente.
Fechei os olhos por um momento e ao abri-los de novo cá estava achando o teto mais alto... ou talvez me sentia pequena demais, enfim... não sei.
Meus olhos ficaram pesados mais uma vez, um tanto! Decidi fechá-los de vez. Acabei dormindo e quando despertei, no começo da manhã, fiquei tentando recordar o que tinha sonhado. Falhei, mas fiquei bem... foi o suficiente para ativar minha serotonina. 
Sentei na cama e vi meus pés nus; O par de meias estava no chão, longe. Sempre esqueço que quando durmo, sinto calor neles. 
Voltei a deitar e pela milésima repetição do dia, embriagada de preguiça, fechei os olhos e prometi a mim mesma que da próxima vez iria lembrar o que sonhei...

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