Sou imatura e acho que você já percebeu isso na última vez em que apoiei a cabeça no seu ombro imaginário. Meu coração é de criança, ingênuo, sem nenhum alarme anti-furto ou qualquer coisa assim. Não pode ouvir um "eu te amo" que sai correndo como quem foge pro colo da mãe no escuro. É tolo e sofrido.
Tanto amei e no mesmo nível fui posta de castigo inúmeras vezes por fazer isso em abundância e continuo teimando. Não me surpreende mais o seu desapego que varia de uma noite para a outra, as costas viradas, o bom dia convertido em constatação. Nada mais conforta só os seus olhos me encarando.
O desejo de poder acompanhar os seus reflexos logo cedo ainda com a barba por fazer, de fechar os olhos jurando-os a sua volta e simplesmente de abraçar seu sorriso não cessa.
É tudo tão comum e rotineiro. É um cotidiano invisível que eu vivo, respirando fundo cada vez que eu lembro da sua ausência...
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