sexta-feira, 20 de abril de 2012

Até nunca

Agora é hora de me retirar e escrever sobre o amor como sentimento nostálgico que cheira a chuva. Nada de até logo porque trata-se do fim de algo que nunca começou e tomou muito o nosso tempo.
Imagine uma tarde ensolarada, bem quente e com garotos soltando pipa com os pés no chão; Ocupe sua mente com momentos que sejam vazios e risadas que chegam aos nossos ouvidos como o ar que respiramos. 
Vou sentar ali depois de escrever isso e pintar as unhas dos pés, fazer qualquer coisa que me aproxime da vontade de ficar livre desse apego e você ficará tão bem quanto eu. Às vezes é obrigação da vida proporcionar sentido a coisas que não damos valor. 
Não quero mais sentir frio na barriga, me preocupar com o que pensar, respirar fundo e acreditar que reciprocidade seja uma coisa boa. Quero viver, pelo menos, de pensamentos bobos com pouca seriedade. 
Que o vento levante minha saia, que meu óculos fique cheio de gotas da chuva, que o meu rosto fique dolorido de tanto sorrir, que meus pés criem calos de tanto dançar e que eu me perca! Que eu fuja dessa pressão toda que eu me obrigo a sentir.
Vai, abre a porta e saia você também. Pouco importa se é abril ou setembro e eu, veja bem, tenho uns sonhos tão reais com a paz de sentir que no final tudo sempre acaba bem mesmo estando sozinha e sei que você precisa disso também, então fica aqui a minha despedida do que nunca foi. Mas antes me responda: como é sentir que me perdeu?

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