sexta-feira, 26 de julho de 2013

Amargor amor II



(só me dói morrer se não for de amor – G.G.M)
O que mais odeio em mim
é o hábito insuportável
de viver como se fosse impossível
sobreviver sem amor.
Paixão pra mim, doutor
é um troço bom e ruim:
o que tenho de míope
tenho de drama! Ponto.
Estabeleço vínculo constante
com a pieguice do excesso
porque o enjoo do amor
é o único que faz bem
mesmo quando me trata mal
E por isso não há diagnóstico
poesia ou remédio
que cure,
que estanque
o vazamento deste coração
que se contenta até com o tédio.

Um comentário:

Gabriel Riva disse...

Lindo poema, postei a arte do filosofão dele na minha página, ok?

https://www.facebook.com/versoinverto?fref=ts