terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sentido infinito



Dylan criou "Like a rolling Stone", Walt Whitman criou "Folhas de relva" e Fellini criou "8 1/2" - o filme com os melhores três minutos iniciais e finais do planeta.

Lula Côrtes e Zé Ramalho criaram "Paêbiru", Mário Faustino criou "O homem e sua hora" e Glauber criou "Deus e o diabo na terra do sol" - toda vez que eu leio o Faustino, a voz de Glauber aparece.

Tom Waits, Nick Cave e Patti Smith criaram a melhor estética musical do mundo, Roberto Piva criou "paranóia" e Woody Allen criou os filmes mais engraçados que eu já vi.

Van Gogh, Frida Kahlo, Hopper. Scorsese de Van Gogh em "sonhos" do Kurosawa.

Zappa criou "in it for the money", Bukowski criou "misto-quente" e Godard criou mais de um filme com câmeras que valsam.

Cartola criou "o sol nascerá", Roberto Bolaño criou "Putas assassinas" e Bergman criou "morangos silvestres" - morangos que alimentam os personagens de "o sétimo selo" e filme do relógio sem ponteiro.

Sérgio Sampaio criou "tem que acontecer", Wislawa Szymborska criou "a vida na hora" e Júlio Bressane criou "Matou a família e foi ao cinema" - prefiro a versão de 69.

Chet Baker criou o jazz cult, Leminski criou "la vie en close" e Jim Jarmusch criou "Daunbailó" - o meu livro tem total influência do Chet e agora eu tô trabalhando na pré-produção do filme sobre a vida do Leminski com a Alice Ruiz com a mesma produtora do "Estômago".

Quando eu digo que a vida só faz sentido por causa da arte...

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