Desertei
lascas de dentes caem nas árvores,coloco minhas unhas dentro da boca murcha.estou blindada pela janela rochosadentro da cabeça da medusa.paredes pastosas me enforcame eu mergulho numa cascata de escuridão em gotas -descasco as palavras que atiraram com força nas minhas costelasenquanto aspiro o pó da carne borrachuda que me espera.colaram nuvens debaixo dos meus pése elas se puseram a berrar tradiçõesque pariram mais de uma ave do meu joelho esquerdo:dei a elas o veneno que carrego nas lágrimas.como castigo agora carrego pedras no lugar dos brincose ouço o ronco do inferno.deus tornou-se meu ventríloquo.
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