serpenteiam nos meus olhos movediços
minha fraqueza arde pelas marés doidas
apela pelo caos risonho e andarilho
disseram-me: imploda-se!
nada passa de mim
escrava dessas subst ânsias
interruptas de vazios espumas
sou toda vazamento mesmo oca
e contemplo o tédio dos seus olhos
que ressuscitaram essas palavras
quando o silêncio tinha peso
quando o silêncio despia meu medo
quando o silêncio me era desejo
quando o silêncio
era seco
e explícito
tesão turvo.
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