segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um daqueles dias que te trazem certezas.

Tarde pós aula, dia 30 de novembro de 2009. Lado de fora da biblioteca, sentados no chão, depois de um desabafo.


- Quando é que você vai me dar esse diário?
- Um dia, quando eu pegar raiva dele.
-  Deixa eu ver a capa! 
- É pra ver a capa, não abre!
- Não vou abrir!


Lendo a capa: "Se beber não perca sua bebida e nem sua personalidade".
Se atreve a abrir:


- Nãããããão, me dá!
- Ah, Nanda! Me dá esse, vai.
- Já te dei o outro, ué.
- Mas eu quero esse!
- Não, gordo! É meu. Só deixo você ler essa carta aqui.
- Quem te mandou?
- Um cara lá do sul.
- Não me interessa a carta. 
- Então não vai ler mais nada, bobinho.


Ele faz cara de desapontado. Ela sorri.


- Vai, arruma as pernas. Hoje é minha vez de deitar no seu colo.


Ele faz carinho. Ela dorme.
O sol machuca. A sombra acima deles cura.

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