Tarde pós aula, dia 30 de novembro de 2009. Lado de fora da biblioteca, sentados no chão, depois de um desabafo.
- Quando é que você vai me dar esse diário?
- Um dia, quando eu pegar raiva dele.
- Deixa eu ver a capa!
- É pra ver a capa, não abre!
- Não vou abrir!
Lendo a capa: "Se beber não perca sua bebida e nem sua personalidade".
Se atreve a abrir:
- Nãããããão, me dá!
- Ah, Nanda! Me dá esse, vai.
- Já te dei o outro, ué.
- Mas eu quero esse!
- Não, gordo! É meu. Só deixo você ler essa carta aqui.
- Quem te mandou?
- Um cara lá do sul.
- Não me interessa a carta.
- Então não vai ler mais nada, bobinho.
Ele faz cara de desapontado. Ela sorri.
- Vai, arruma as pernas. Hoje é minha vez de deitar no seu colo.
Ele faz carinho. Ela dorme.
O sol machuca. A sombra acima deles cura.
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