quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mais um fracasso literário

O grande barato de escrever é ter o poder de solidificar o que, independente de uma opinião aqui ou ali, você acredite ser o mais certo. Não me refiro ao certo de errado, mas o certo de certeza... De acreditar que essa coisa de imaginação existe e acima de tudo, a realidade.  Existem aqueles que tiram fotos pra registrar lembranças, outros que simplesmente não fazem nada porque confiam na memória e enfim.... Eu escrevo, releio, me corrijo e me surpreendo.
Ultimamente ando tentando escrever sonhos...Já pensou que maravilha ter lembrança do que nunca aconteceu? Sonho é um bicho doido, que parece fumaça... Sempre tem dessas de desaparecer devagarinho. As vezes a gente tem a sorte de lembrar de um ou outro por um longo tempo. Uma vez eu sonhei que o boneco assassino (é, aquele chucky gracioso) ia me dar uma facada nas costas! E eu juro pra você que eu tinha uns 4 anos nessa época, até dormia no berço. Sei lá por quê diabos eu lembro disso ainda. Não importa.
Voltando ao negócio de escrever, as vezes eu me pergunto se isso não é uma maneira de me auto afirmar, ou de expor coisas minhas pra quem não tem nada a ver e ai eu olho pra cabeceira do criado mudo e vejo um caderninho. Em cima da minha mesa do trabalho, tem outro. Na minha bolsa também tem um roxo.... Dentro da gaveta da estante azul, tem mais 4 diários cheios, uns mais gordos que os outros porque algumas páginas foram rasgadas e jogadas no lixo (sabe quando você escreve e se arrepende?). No armário do Raphael tem mais um. E... eu acho que escrevo pra tentar me entender, pra desabafar (bota desabafo nisso), pra transformar sentimento em palavra... Sei lá. Ainda tem esse blog que as vezes é o resultado final do que tá nos caderninhos e... Que graça, não? Que loucura...
Escrever é um vício tal como o café, o cigarro, o amor, as drogas e vai ver, é consequência disso tudo. Não sei. Me pego quase toda noite compondo um novo conto antes de dormir... Pensar depois da meia noite meio que me dá sono. Vai cansando a vista olhar pro escuro. Aliás, só consigo dormir no escuro, sem tv, sem abajour, sem porta aberta, sem meia e com sono. O problema, como já comentei em algum texto daqui, é que a voz da minha consciência vai narrando histórias incríveis enquanto eu vou prometendo que no dia seguinte irei passar tudo pro papel. Quem disse que eu lembro de alguma coisa no dia seguinte? Uma frase ou outra, só. Fracasso número dois de quem tem o hábito de escrever é esse. 
Vai ver é por isso que eu nunca consegui escrever sonhos...

Nenhum comentário: