
Meu nariz dói por dentro, bem na mucosa. Deve ser rinite, imagino. Arde, mas arde tanto que parece agulha na brasa.... aliás, uma porção delas. Dói e eu insisto em respirar. É como soco no pulmão. Não é fome.
Levanto a cabeça e eis que tudo sangra. Nariz, ferida involuntária, gengiva, cutícula... Um doce só.
Te abraço... Seguro o guardanapo sujo entre os dedos. Olho pra você e a secura passa como se fosse um trago. Este sou eu... inundado, beirando às margens e sangrando.
Dispenso suas mãos e aceito só uma conformidade. Você compreende o que vê, querida? Deve estar frio ai fora. Deve ser isso nas suas mãos...A brasa cessou.
Sinto-me emocionado, em uma tranquilidade que nem essas lágrimas nos seus olhos me atormentam mais.
O chão é frio...O chão nem é mais chão.
Vou-me embora, meu bem. E dessa vez sem tropeçar.
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