terça-feira, 9 de agosto de 2011

Até logo

Passei dias e dias crente de que o meu nome de santo havia se recuperado. Cheguei até a achá-lo bonito, mesmo seco e com a aparência esquelética, com as bochechas sugadas e o pescoço fino. Por vários momentos, depois do ocorrido, aceitei que seria diferente a vida e que ele iria se cuidar começando pelo sorriso. 
Era um belo nome de santo apesar de tudo. Confiei nele e depositei todo o amor do mundo na intenção de confortá-lo e por quê não, de me confortar também. Eu e todo mundo. 
Nome de santo se perdeu de novo de mim e de todo o resto do sangue. Gerou revolta, xingou o céu e se transformou mais uma vez. Eu o entreguei à força dos homens na esperança de não perdê-lo definitivamente... Tenho medo e me preocupo quando a amargura da abstinência o ataca. Tenho saudade do meu nome de santo quando o vejo mais uma vez sendo esfolado pelos pulsos até uma suposta recuperação de prazo limitado. No começo me assustava, mas... Agora sinto apenas dó. Sinto pena da gente... E mesmo distante de mim, faço questão de sempre lhe dar um beijo no rosto em meio a fúria e ossos. Ele foi embora mais uma vez enquanto eu os meus olhos já secavam, sem mais nenhuma lágrima para derramar.

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