quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Do sonho

Uma moça entrou no café e sentou-se perto da janela. Era muito bonita, com um rosto fresco como uma moeda acabada de cunhar, se é que se podem cunhar moedas em carne tão macia, coberta de pele umedecida pela chuva. Seus cabelos eram negros como a asa de um corvo, cortados rente em diagonal à face.
Olhei para ela, senti-me perturbado e numa grande excitação. Desejei colocá-la no meu conto, ou noutra parte qualquer, mas a moça se colocara de maneira a poder acompanhar o movimento da rua e da entrada do café, e compreendi que estava à espera de alguém. Por isso, continuei a escrever...


Hemingway.

2 comentários:

nádia c. disse...

é do Hemingway? o.O

fernanda pacheco disse...

É... Paris é uma festa.