segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Abre essa janela

são duas da manhã
o céu insiste em te ver voar
na janela que debruça o tempo
mas não há mais nenhum de nós
pra te segurar pelas pernas
quando o chão for o limite
e se me permite
quero ser o impacto da queda
pra ver se amorteço
essa ânsia de te confortar
sem apelar pro sacrifício
já que se trata somente de um sol
sentindo falta do que um dia foi abrigo
querendo levantar flor pro alto
na tentativa de espantar minha fraqueza
de negar o que soa sentimental
pra ver se te esqueço no próximo ponto
entre o céu e o que restar de mim
enquanto isso 
eu caio
mato
destrato
só pra dizer que no fim te merecia...

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