Aqui resta uma mão estendida em represália, que cai sobre os ombros de quem não se encontra na apresentação dos ideais da cômoda realidade. Basta, e a cabeça rende-se. Abaixa-se e olha o chão com piedade, na condição de nada... De ninguém. Está preso até a alma.
A partir do momento que ama-se, perde-se a liberdade de ser qualquer finitude no melhor dos casos. Perde-se o espaço dentro da capacidade de expor qualquer imposição/oposição e submete-se ao ócio pouco criativo do alheio.
O que é o tempo para quem já o perdeu?
A globalização, a (pós)modernidade, a tecnologia - seja lá o que for -, ridicularizou o ato de sentir. Privou e cercou as emoções. A arte, no âmbito geral, virou rótulo. É marca de vestir que se expõe para confortar a vaidade individual de cada um.
A solidão não tem mais seu valor produtivo, porque agora é sintoma rabiscado no diagnóstico médico. O sofrimento da alma, quando racionalizado, torna-se banal. É estranhamento para quem vive na superfície e nunca teve os pés puxados.
Mas como disse Wilde: "Todos nós estamos deitados na sarjeta, só que alguns estão olhando às estrelas."
Um comentário:
Grande.
"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
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