segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Só do pior



Mais abafada que essa noite,
só o mormaço
que ocupa o espaço
desse vazio seu.

A solidão é ilusória,
é delírio em plena decadência
e insatisfação com o não dizer
por não saber como.

Tanto faz pensar agora
em rima, verso ou mesmo retórica.
O alívio canta e só.
Só de canto fico eu só.

Eles anunciam o que eu desconheço,
lamentam o que já foi
e não por saudade,
mas sim por falsa misericórdia.

É o assassinato da humanidade
disfarçado de piedade.

Tenho um medo desse desalento
que até minha boca é só secura.

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