Mais abafada que essa noite,
só o mormaço
que ocupa o espaço
desse vazio seu.
A solidão é ilusória,
é delírio em plena decadência
e insatisfação com o não dizer
por não saber como.
Tanto faz pensar agora
em rima, verso ou mesmo retórica.
O alívio canta e só.
Só de canto fico eu só.
Eles anunciam o que eu desconheço,
lamentam o que já foi
e não por saudade,
mas sim por falsa misericórdia.
É o assassinato da humanidade
disfarçado de piedade.
Tenho um medo desse desalento
que até minha boca é só secura.
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