I
um tiro
na testa
do menino
enlouquecido
que canta
seus mortos
ao inimigo
II
de cima da banca de jornal:
terra à vista! a conquista
da agonia perpétua!
o sangue em poça
se funde ao tóxico
do pirlimpimpim
repare bem essa mão da carnificina:
mais tarde é ela que te asfixia.
teu nome degolado
é 174.
III
comemoro o terror dos olhos
colocados no caos que se anuncia
o caos não se anuncia
o horror é a própria vida.
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