terça-feira, 13 de maio de 2014

VIII

dedos finos, vulgares
envelhecidos 
pele fina, transparente
linhas densas

o espetáculo da casa vazia que se anuncia.
você que lê deita-se comigo nesta cama,
onde se faz todo meu mundo. 

passo horas na janela.
sei que o frio me toca
o azul me toca
mas nada me é mais real
que a certeza do sonho. 

é tudo tão sensível que me ceguei 
imergi na opacidade de mim. 

daqui não saio. 

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