sábado, 12 de setembro de 2015

Vicente

Tenho em mim aquilo que é inominável
Dos poros todo o amor impossível
E por ser tão dito torto: infinito
Concreto também em vida que me é inédita
Uma pobre falta de ar magnífica
Que me revirou a pele em metamorfose
Sou esse corpo duplo de sentimento
Em potencial abandono de mundos
Denso da mais elegante melancolia
Anti-narciso, apaixonada por cada dor
Contemplada pelo alheio ansioso
Meu homem, meu filho, meu amor.

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