sexta-feira, 12 de julho de 2019

#7

Rios irmãos dançam
O futuro.
Eu me afasto do fogo,
Ele persegue.
Sombra noturna
Chama, convida a deitar
O ouvido em terra molhada.
Minha cabeça se faz vento,
Ainda longe do fogo.
É a mesma terra
Que me faz viva e podre!
ÉS VIDA E PODRE!
Enterro minha alma
Sepultada por árvores.
Ouço e a terra festeja
São danças em estalos de dedos.
Eu não tinha mais nome,
Nem raiz.
Raiz se fez meu corpo
Engolido com carinho.
Dormi
E dormindo percorri
Todas as estradas
Que nunca persegui.
O corpo agora porto
De todos os sonhos
E voos
Em meio ao caos,
Entre tufões
De TODOS os sonhos.
Retornei ao colo sem fim
Chorando a lua.
O fogo me espera
E o vento firme na mente
Como dois motores
A me carregar prum penhasco.
Me despeço
E avisto
Minha carne PODRE
Em prantos
Imersa
Na mãe terra.

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