sexta-feira, 12 de julho de 2019

#6

I.
Cada desgraça em seu lugar,
Normais debaixo
Do céu.
Desejos empoeirados
: sou um cristo no deserto
Da cabeça de um louco
Em abandono.
O non sense educativo
Aprender não faz sentido!
A mente canta circos
Espetáculos do caos.
Declaro extinto o silêncio!
O sol se põe
No colo do apocalipse
Faço uma trança de ordem
Enquanto morrem mais alguns ciscos
De solidão.
Passo em corredores
Alheios ao tempo.
Disfarço e choro
Já sem tempo,
Mas repleta de efêmeras memórias.
Não acredito em nada!
Basta o nada!
Dou nome às coisas ao som de Chet.
Sou bonita como meu algoz?
Ou carrego o feio nos olhos?
As paredes rachadas
Todas me abraçam.
Incensos maravilhas
Ervas pelo corpo
Uma reza pela desgraça.
Sou um desejo morto? Morto?
Jamais.
Engavetada a paz
Meus ombros dão lugar
Ao mundo.


II.
Mãe:
Um beijo
Na boca
do
d
e
s
e
s
p
e
r
o
O mais doce
Em forma
De acalento.
Amor torcido em rrrrrrrs.
Mãe:
Um beijo
Na boca
Do céu
Infinito.
Luta como quem vive
A vitória num eterno
Prelúdio.

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