já saltei pra fora do corpo faz tempo
hoje sou uma cova vazia
contemplando tanto terror
desses que me carrega nos braços
da tragédia que me acalenta os nervos
a secura nos lábios rasgados pela agonia
e olhos de ferro que me acariciam.
você é o filho abortado da natureza
imerso em seu próprio silêncio
escalando o cume do medo
arrependido por ter me contado o segredo
e agora anuncia a fúria de quem
vai
saltar
e me levará junto
como as outras cinco vezes.
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